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O problema do câmbio CVT

Como se sabe, o câmbio CVT quando exigido no seu limite de troca de marchas por um período de tempo e repetições mais longos, sofre aumento na temperatura do câmbio. Com isso, o óleo do sistema se torna menos viscoso, ocasionando uma perda na capacidade de lubrificação dos componentes internos do CVT, o que aumenta o atrito gerado entre as partes móveis (correia e cones) produzindo um som similar a uma sirene.

Esse aumento na temperatura de funcionamento do câmbio e o atrito excessivo entre as partes metálicas móveis geram a degradação imediata do óleo (que precisa obrigatoriamente ser substituído) e a formação de limalha metálica que pode ser notada nos filtros do câmbio.

Basicamente, o problema de aquecimento pode se apresentar de três formas:

  • apenas o ruído de sirene isolado;
  • ruído de sirene e aviso no painel de instrumentos (SLOW DOWN – TRANSMISSION OVERHEATING);
  • ruído de sirene, aviso no painel e entrada em modo de segurança, fazendo com que o carro tenha que andar em velocidade reduzida por algum tempo.

 

Breve histórico

O Lancer veio importado inicialmente do Japão, com um pacote de equipamentos diferenciado e específico pro Brasil (BRAZIL SPEC). Nele infelizmente houve um erro de avaliação com relação à provável temperatura de funcionamento do câmbio, pois certamente não imaginaram que um carro com câmbio automático fosse tão exigido no seu desempenho.

Vários relatos relacionados ao barulho no CVT começaram a ocorrer já em 2012 mesmo. Foram acionadas inicialmente as concessionárias, que por falta de conhecimento técnico acabavam encaminhando os casos para a montadora avaliar o problema.

Essas ocorrências começaram a se repetir. Por várias vezes, o recurso era abrir uma reclamação formal através do SAC da Mitsubishi. A montadora começou a analisar os casos e decidiu inicialmente não fazer um recall, se restringindo na ocasião a instalar o kit cooler (conheça mais do kit cooler clicando aqui) nos carros que notadamente apresentavam o problema.

No final de 2013, os modelos importados começaram a vir já com o Kit cooler instalado de fábrica. Para alguns, a redução de temperatura que o kit proporcionou já resolveu. Para outrso ele ainda ocorria.

Com o inicio da montagem do Lancer no Brasil (Catalão/GO) e com o térmico do contrato de parceria entre a Mitsubishi e a Castrol, partiu-se então para o uso de um outro lubrificante.

Deixaram de lado o CASTROL TRANSMAX CVT e passaram a utilizar o LUBRAX CVTF J4.

Esse óleo novo da Lubrax em conjunto com o kit cooler, ajudou a reduzir ainda mais a ocorrência dos problemas mas ainda assim, para alguns proprietários que exigem mais do câmbio, ainda ocorria o problema.

 

Alternativas e Upgrade

Já fora do âmbito da montadora, algumas pessoas procuraram outras alternativas para sanar o problema.

Uma delas foi o uso de outro óleo, desta vez o MOTUL MULTI CVTF. Com esse óleo, os relatos dão conta que o problema foi ainda mais reduzido.

Outra solução alternativa recente foi a adoção de um radiador maior com ventilação forçada e acionada por termostato, em substituição ao kit original de fábrica.

 

Conclusões

Tudo isso é relativamente novo e por incrível que pareça, ainda está em fase de testes e feedback.

O fato é que o câmbio automático tem que ser entendido como um item que facilita sua vida na busca de maior conforto. Para uso esportivo, o recomendado é o uso de câmbio manual. Muitos se iludiram pela presença dos chamativos paddles shifters atrás do volante, que levam à uma falsa sensação de esportividade. Não há como ter esportividade com um câmbio automático sem colocar nele soluções mais sofisticadas, com recursos mais atuais que visam reduzir o tempo de troca de marchas, como o uso de dupla embreagem a exemplo do que ocorre nos câmbios SST dos modelos da família Lancer que vem equipados com motor turbo (Ralliart e EvolutionX).